sábado, 10 de julho de 2021

A Palavra Que Não Deve Ser Dita

< foto Por: joostrikkerink />

< Registro: 44, categoria: Aconteceu Comigo />

Meu tio Sebastião já falecido, me relatou esse fato em 1977 quando eu tinha 6 anos.Hoje aos 42 eu me lembro bem desse relato que ele ao contar se arrepiava:

Quando ele tinha 18 anos, trabalhava na região nordeste do país abrindo estradas. O trabalho era exaustivo, iniciava-se às 7 da manhã e somente às 17 horas finalizava-se o turno.

Muito cansado, meu tio chegou em casa onde morava com meu pai e minha tia (irmã mais nova), que se preparava para sair. Meu pai não se encontrava na ocasião. Pediu então que minha tia aquecesse seu jantar enquanto ele tomava banho. Minha tia se negou a fazer o que meu tio pedira, afirmando que estava atrasada para um compromisso deixando as panelas sem aquecer a comida.

Meu tio ficou furioso após a saída de minha tia e começou a xingar vários palavrões e dentre eles aquilo que é contrário à "GRAÇA", ou seja, a "DES..."( não escreverei a palavra toda para que não traga energias ruins para mim e para os possíveis leitores dessa história), após ter dito essa palavra inominável, ouviu-se batidas na porta. Ao abrir ainda furioso, meu tio viu um par de pés grandes que sustentavam pernas longas e finas que passavam da soleira da casa, cobertas por um vestido todo rasgado. A figura se abaixou e encarou meu tio, o seu rosto lembrava uma anciã muito velha com cabelos desgrenhados, os olhos saltando das órbitas, nariz muito fino e apenas um dente lhe saindo do lábio inferior. Meu tio ainda irritado, perguntou o que ela queria.

A resposta veio também em forma de pergunta acompanhada de uma voz horrível, semelhante (segundo ele mesmo me disse), a três vozes falando ao mesmo tempo:

— Ora Sebastião, você não me chamou agora a pouco?

Ele então caiu em si e percebeu o que dissera instantes atrás. Sua espinha gelou e numa fração de segundos lembrou-se de invocar o "Arcanjo Miguel" que o defendesse daquela aparição batendo a porta em seguida e trancando-a. Ajoelhou-se no chão da sala e mais uma vez invocou o "Arcanjo Miguel".

Meu tio afirmava, sem nenhum constrangimento, que chegou a urinar no momento em que se ajoelhou na sala, tamanha foi a situação de medo que passara naquele dia. Os anos que se seguiram, jamais se ouviu da boca de meu tio Sebastião qualquer palavra feia.

< por: Wilton Freire />

< Postagem original publicada em 27/06/2014 às 01:10 no Aposentado Blog Histórias Sobrenaturais />

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